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poesias
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
ENVELHECENDO
Sou agora aquele velho cata-vento
colhendo mesmo sem força
o sopro do mesmo vento
que simetricamente invento
na rotina dos tempos.
Ah! Julgo ser ainda
aquela criança sem brinquedos
que um dia soprou no ouvido da infância
o segredo de envelhecer
sem deixar de ser criança.
E mesmo com as asas
cansadas pelo tempo,
ainda sou aquele velho pássaro
procurando no destino do vento
um novo horizonte
para o meu ninho,
uma nova direção
para este velho cata-vento...!
Sou agora aquele velho cata-vento
colhendo mesmo sem força
o sopro do mesmo vento
que simetricamente invento
na rotina dos tempos.
Ah! Julgo ser ainda
aquela criança sem brinquedos
que um dia soprou no ouvido da infância
o segredo de envelhecer
sem deixar de ser criança.
E mesmo com as asas
cansadas pelo tempo,
ainda sou aquele velho pássaro
procurando no destino do vento
um novo horizonte
para o meu ninho,
uma nova direção
para este velho cata-vento...!
sábado, 18 de janeiro de 2014
DEFEITOS PERFEITOS
Muitos têm pés
que tropeçam
no tamanho
de sua próprias
línguas.
Muitos têm línguas
que saboreiam
o veneno
de suas palavras
mal rimadas.
Muitos têm dedos
que se levantam
só para apontar
defeitos,
fazem do próprio peito
um berçário
onde nunca nascerá
respeito!
De imperfeito para imperfeito:
Somente nossos defeitos
são perfeitos?
Muitos têm pés
que tropeçam
no tamanho
de sua próprias
línguas.
Muitos têm línguas
que saboreiam
o veneno
de suas palavras
mal rimadas.
Muitos têm dedos
que se levantam
só para apontar
defeitos,
fazem do próprio peito
um berçário
onde nunca nascerá
respeito!
De imperfeito para imperfeito:
Somente nossos defeitos
são perfeitos?
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